São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996 |
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Cúpula tucana visita prefeito de Campinas e discute eleição em SP
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O diálogo ocorreu ontem, durante a visita que o presidente Fernando Henrique Cardoso, quatro ministros e o governador Mário Covas fizeram à casa de Teixeira. O prefeito está com câncer. A visita presidencial estava marcada para 4 de março, mas foi antecipada por causa da piora do estado de saúde de Teixeira. Quem puxou o assunto da eleição foi o anfitrião. Sentado, na sala, ele perguntou a Covas e a FHC se eles já tinham candidato a prefeito em São Paulo. Aproveitou e apresentou seu candidato em Campinas: o secretário municipal de Transportes, Jurandir Fernandes. A candidatura de Fernandes é contestada por parte do PSDB campineiro. Ele era petista e se filiou ao PSDB em dezembro. O vice-prefeito, Edivaldo Orsi, apóia a deputada estadual Célia Leão. Teixeira quis saber de Motta se ele será candidato em São Paulo. Motta brincou: "É. Querem me mandar embora de Brasília. Estou me sentindo desprestigiado". FHC entrou no clima descontraído da conversa e disse que talvez Motta viesse para São Paulo, talvez não. Bem-humorado, o anfitrião insistiu com Motta: "Então você vai disputar com o Serra?". Todos riram, mas o ministro do Planejamento não disse nada. Num momento um pouco mais sério da conversa, Motta disse que nada estava definido ainda, mas que sua candidatura depende de Covas. O governador é o maior incentivador de seu nome. A conversa seguiu descontraída, especialmente quando chegaram 25 pastéis que Covas havia mandado comprar. O governador chegara antes de FHC ao aeroporto de Viracopos e ficara esperando por meia hora. Ao contrário do presidente e dos ministros, que almoçaram salmão, salada e frango com catupiry no avião, Covas não comera nada. Texto Anterior: Calmon de Sá nega doações a candidatos Próximo Texto: Helicóptero presidencial sofre pane Índice |
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