São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996
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Empresas farmacêuticas vão doar R$ 6 mi

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas associadas à Abifarma, entidade que abriga 82 fabricantes estrangeiros e nacionais de remédios, estão doando cerca de R$ 6 milhões ao Programa Comunidade Solidária, que toca os programas sociais do governo.
A direção da Abifarma esteve na terça-feira com Ruth Cardoso, mulher do presidente Fernando Henrique Cardoso e presidente do conselho da Comunidade Solidária, para anunciar essa decisão.
A doação não será feita em dinheiro, mas em equipamentos para os cerca de 40 mil agentes comunitários de saúde do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Serão balanças, termômetros, uniformes, estetoscópios, bicicletas.
A formalização da doação deve ocorrer em um mês, segundo Ilara Viotti, assessora do Comunidade Solidária. Ele confirmou que essa é a maior doação feita aos programas sociais neste governo.
Além de doar os equipamentos, a Abifarma também decidiu entregá-los. Inicialmente, 300 municípios receberão os equipamentos, mas o total de cidades beneficiadas deve chegar a cerca de mil. Os agentes devem começar a receber os equipamentos em abril ou maio.
O custo dos equipamentos é estimado entre R$ 5 milhões e R$ 5,5 milhões. Mais R$ 500 mil a R$ 1 milhão serão gastos com a distribuição. Uma empresa independente checará, alguns meses após a distribuição, se os equipamentos chegaram aos agentes.
José Eduardo Bandeira de Mello, presidente da Abifarma, disse à Folha que a entidade não doará remédios porque os empresários querem mostrar que não estão voltados só aos próprios interesses.
"O que queremos em troca da doação é o mesmo que qualquer um quer quando faz uma doação -que haja divulgação de que estamos tentando contribuir para melhorar nossa sociedade. Estamos mostrando que empresário também é cidadão", disse Bandeira, que há um ano trabalha no projeto.
O custo total do projeto será rateado entre os associados da Abifarma segundo o faturamento de cada companhia. Em 96, os fabricantes de remédios investirão US$ 200 milhões no país, na construção e expansão de fábricas. Em 95, investiram US$ 150 milhões.

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