São Paulo, sexta-feira, 16 de fevereiro de 1996
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Minas pede recurso do Proer

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo de Minas Gerais quer R$ 300 milhões do Banco Central, nas condições privilegiadas do Proer (programa de incentivo a fusões bancárias), para fazer a privatização do Credireal.
Segundo as informações do banco, o dinheiro serviria para cobrir o passivo trabalhista do banco, que tem espantado possíveis compradores.
O banco informa, porém, que o passivo é de R$ 107 milhões.
Nas reuniões com o BC, os representantes do governo mineiro pedem ainda outros R$ 400 milhões, com objetivo de sanear os outros bancos estaduais de Minas: o Bemge e o BDMG -este, um banco de desenvolvimento.
O governo mineiro quer publicar o edital de venda do Credireal no próximo dia 28. Será a primeira privatização de um banco estadual e por isso a equipe do ministro Pedro Malan (Fazenda) tem interesse em apoiar a operação.
Mas há dúvidas jurídicas: pelas regras do programa de fusões, o dono do banco que recebe dinheiro subsidiado deve deixar o sistema financeiro. Ou seja, o governo mineiro teria que abrir mão do controle do Bemge e do BDMG.
Para driblar essa restrição, o BC estuda a alternativa de enviar voto ao Conselho Monetário Nacional propondo uma exceção a Minas.

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