São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 1996 |
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Sindicatos são contra o acordo
MARCOS CÉZARI
Reunidos na quinta-feira na sede da Federação dos Metalúrgicos, em São Paulo, representantes de 34 dos 36 sindicatos presentes disseram que não assinarão o acordo. Apenas os sindicatos de São Paulo (que assinou o acordo) e o de São Caetano do Sul são favoráveis. A federação tem 50 sindicatos (cinco são filiados à CUT e nove não compareceram à reunião). Apesar de não concordar com as normas do contrato assinado com a Fiesp, José Firmo, presidente da Federação, elogiou a coragem do presidente do sindicato de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, autor da proposta de redução dos encargos trabalhistas. Firmo considera "perigoso" o acordo, porque não traz ganhos ao trabalhador. Além disso, ele entende que não vai reduzir o desemprego. Segundo ele, haverá mais emprego com juros menores, incentivo às exportações, linhas de crédito para as pequenas e microempresas e investimento em transportes, habitação, saúde e educação. "Menos encargos e menos impostos não faz as empresas contratarem. O país precisa crescer, produzir e pagar melhores salários." Firmo lembra que antes de gerar novos empregos, é preciso garantir os já existentes por meio do contrato coletivo de trabalho. Paulinho disse que não houve votação na reunião, mas apenas discutido o acordo para esclarecimento de dúvidas. "Foi melhor do que eu poderia imaginar." Paulinho entende que é natural que haja discordância num primeiro momento. Por isso, na semana após o Carnaval o tema será discutido internamente na Força Sindical. (MCz) Texto Anterior: Liminar defende o trabalhador, diz TRT Próximo Texto: Mercedes demite 200 da fábrica de Campinas Índice |
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