São Paulo, sábado, 17 de fevereiro de 1996
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EUA querem processar o líder radical Farrakhan

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Os EUA analisam a possibilidade de processar o líder negro Louis Farrakhan, que nas últimas semanas tem visitado alguns dos principais inimigos do seu país, entre eles Iraque, Irã e Líbia.
O Departamento da Justiça analisa se Farrakhan estará desrespeitando alguma lei se de fato usar dinheiro alegadamente dado a ele pelo líder líbio Muammar Gaddafi para influenciar as eleições deste ano nos Estados Unidos.
Segundo a agência oficial de notícias da Líbia, a "Jana", Farrakhan concordou em "mobilizar oprimidos, negros, árabes, muçulmanos e índios" nos EUA com dinheiro cedido por Gaddafi.
No Irã, Farrakhan se referiu aos EUA como "o Grande Satã" e disse que uma cela está reservada para ele em Nova York ao lado da ocupada pelo xeque Omar Abdel Rahman, condenado por inspirar atividades terroristas nos EUA.
No Iraque, ele acusou os EUA de "assassinato em massa" do povo iraquiano e de "crime contra a humanidade".
Farrakhan organizou a Marcha de 1 Milhão de Homens em Washington e passou a ser considerado o principal líder da comunidade afro-americana.
(CELS)

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