São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996 |
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Novas negociações afrontam Congresso
REINALDO AZEVEDO; DANIEL BRAMATTI
A reforma da Previdência e a tentativa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo de fazer um acordo com as empresas reduzindo encargos e direitos trabalhistas são duas manifestações atuais desse fenômeno. Exaltada como o melhor dos piores sistemas, a representação nasceu da impossibilidade de que todos decidam tudo ao mesmo tempo, utopia a que se chama democracia direta e, como tal, jamais realizada. O sistema parlamentar ocidental vem sendo continuamente questionado por iniciativas que a cientista política Maria Victória Benevides chama "cidadania ativa", que questionam a democracia representativa e atualizam os mecanismos de consulta popular. O Brasil de Fernando Henrique Cardoso, que busca atualizar a sua agenda segundo a onda internacional de desregulação da economia e fusão de mercados, tem investido em novas formas de consulta popular, que atropelam o sistema de representação. Há quem veja nessa prática a radicalização do processo democrático. Há quem aponte riscos de regressão social e política. Como toda prática nova, está ainda a ser decifrada. Texto Anterior: Cidade do sertão vira condomínio Próximo Texto: Intelectuais apontam retrocesso político-social Índice |
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