São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Divulgação do Brasil na França é precária
VINICIUS TORRES FREIRE
A funcionária trabalha na embaixada brasileira na capital francesa e atende em média cerca de quatro telefonemas por dia. Turistas e agentes de viagem pedem informações e material de divulgação. O Ministério das Relações Exteriores é o responsável pela promoção comercial do Brasil no exterior. Diplomatas dizem que o ministério não tem dinheiro ou pessoal para tocar esse trabalho. "Frequentemente falta dinheiro para pagar até a conta do telefone ou de energia da embaixada em Cuba ou El Salvador", dizem os diplomatas, que preferiram não se identificar. O Itamaraty tem um departamento de promoção comercial há 20 anos. Hoje, o número de funcionários que trabalha no órgão equivale a um terço dos que inauguraram o departamento. Os diplomatas não acreditam que o Estado, pelo menos o Estado sozinho, possa resolver o problema da promoção. Propõem a parceria entre Estado e iniciativa privada num banco de promoção do comércio exterior e do turismo. O dinheiro viria de um imposto sobre comércio exterior e da colaboração dos órgãos estaduais e municipais de turismo. Outro problema apontado são as dificuldades enfrentadas pelo mercado de vôos fretados para o país, por meio do qual se faz a maior parte do turismo de massa. Segundo os diplomatas brasileiros, acordos aéreos entre o Brasil e outros países limitam as linhas aéreas a algumas companhias, o que, na prática, acaba fechando o mercado aos fretadores e diminuindo as facilidades de viagem, problema que também é apontado pelos agentes de viagem especializados no Brasil. Texto Anterior: Violência e poluição espantam americanos Próximo Texto: Brasil só atrai 0,1% de turistas britânicos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |