São Paulo, domingo, 18 de fevereiro de 1996
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Salgueiro terá 4 alas com paulistas

AZIZ FILHO
DA SUCURSAL DO RIO

Os paulistas, que representam 70% dos turistas brasileiros no Carnaval do Rio, vão descer hoje das arquibancadas, cadeiras e camarotes para invadir a pista do Sambódromo. Eles usarão pelo menos 1.100 das 4.500 fantasias do Salgueiro.
Segundo o carnavalesco Fábio Borges, as chuvas do Rio não desanimaram os paulistas. "Ninguém desistiu. Eles ligam pedindo mais fantasias, mas não temos."
A associação de hoteleiros da cidade concorda com Borges e diz que paulistas que não puderam ir ao litoral norte de São Paulo, devido às chuvas, escolheram o Rio como opção, em consequência houve mais reservas de última hora, lotando 100% nos hotéis.
Quarta escola a desfilar, o Salgueiro tem o enredo "Anarquistas Sim, Mas Nem Todos", homenagem aos imigrantes italianos, que têm um foco em São Paulo.
Quatro alas vão representar a presença dos italianos em São Paulo, seguindo um carro alegórico que reproduz o Monumento Às Bandeiras, de Brecheret, localizado em frente ao parque Ibirapuera.
O monumento aparece puxando uma fábrica e algumas casas do Bexiga, bairro paulistano com forte presença italiana.
As quatro alas representam o Rei do Café, os trabalhadores nas lavouras, a indústria e os automobilistas italianos.
Segundo Borges, o Salgueiro sempre desfilou com muitos paulistas, mas o interesse cresceu quando a escola criou uma diretoria em São Paulo para dar mais atenção aos salgueirenses locais.
Os bandeirantes de São Paulo estarão também em duas alas da Viradouro, de Joãosinho Trinta. O carnavalesco criou um carro alegórico que reproduz uma estação do metrô paulistano.
O carro será usado no enredo "Aquarela do Brasil Ano 2000" para abordar o desenvolvimento econômico do Brasil.
Para Joãosinho Trinta, que montou também o desfile da Nenê de Vila Matilde, da zona leste de São Paulo, o país será a potência do terceiro milênio.
Após o Salgueiro desfila a União da Ilha, cujo carnavalesco, Chiquinho Spinoza, nasceu em São Paulo. Em 1992, ele deu a vitória à Estácio de Sá com um enredo sobre a Semana da Arte Moderna de 1922, sediada em São Paulo.

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