São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996 |
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Líder admite erros da entidade
GEORGE ALONSO
Segundo ele, "é normal a acomodação das famílias dos que ganham lotes. Mas é preciso fazê-las entender que só o lote não é a solução. O povo é imediatista". "O MST são elas (as famílias). Mas muita gente não tem visão da dimensão da luta", diz Valter Gomes, dirigente que atua no Pontal. Gilmar Mauro, porém, diz que haverá mudança de métodos. Ali, o MST se preocupou mais com sua imagem externa e relaxou na conscientização dos sem-terra. "Estamos fazendo uma reflexão", diz Ivan Bueno, responsável pelo setor de educação do MST. "Vamos manter contato para a gente voltar a se entender", chegou a dizer Bueno, humilde, a uma família na Santa Apolônia. A assentada Sirlei Messias, 28, avisa: "60% das famílias estão com o Estado porque ele é quem assenta. O lema do MST é ocupar, resistir e produzir. Vamos produzir". Bueno faz autocrítica: "Demoramos para perceber o momento dessas famílias. A luta é por 100% das terras e verba". (GA) Texto Anterior: Quem não invade paga multa Próximo Texto: Estado 'assenta' famílias em acampamentos Índice |
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