São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996 |
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Assentados suspeitam de desvio de verba
GEORGE ALONSO
Eles acusam os líderes de desviar recursos e equipamentos da cooperativa para fazer invasões. "Como a cooperativa não tem CGC, com dinheiro das famílias foram compradas uma farinheira, quatro caminhões e um trator. Ninguém viu o trator. Só foi usado em ocupações", diz Pedro Antonio da Silva, 62, assentado na fazenda Arco Íris. Ele duvida até dos valores pagos e suspeita de uso de parte do dinheiro para outros fins. "Nos sentimos lesados. Houve desvio de função", diz José da Silva Lima, 38, que deve a bancos R$ 3.330. Cerca de 85 famílias estão com dívidas de até R$ 10 mil. O MST nega desvios e diz ter dívidas. A farinheira, segundo a entidade, ainda não foi instalada na fazenda São Bento porque a Cetesb exige cuidados ecológicos. Segundo o MST, assim que sair o registro da cooperativa, as dívidas individuais serão da cooperativa. Ex-dirigente do MST, Geraldo de Oliveira é cauteloso. "Não há desvio. Falta é transparência. O MST não esperava crescer tanto. Para a luta é preciso dinheiro e o dinheiro é pouco". (GA) Texto Anterior: Estado 'assenta' famílias em acampamentos Próximo Texto: Folha circulou pela primeira vez há 75 anos Índice |
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