São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996
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Zedillo quebra protocolo mexicano ao recepcionar Fernando Henrique

EMANUEL NERI
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO MÉXICO

O presidente Fernando Henrique Cardoso chegou às 15h45 (horário local, 18h45 em Brasília) à Cidade do México, sendo recebido pelo presidente mexicano, Ernesto Zedillo, no aeroporto.
Zedillo dedica especial atenção a FHC. Segundo o protocolo mexicano, quem dá boas-vindas no aeroporto aos visitantes estrangeiros é o ministro das Relações Exteriores. Zedillo quebrou o protocolo e foi, acompanhado da mulher, Nilda Patrícia, saudar FHC.
O presidente brasileiro é considerado referência intelectual por diversos colaboradores do governo mexicano, dos quais foi professor.
Na recepção a FHC, Zedillo trocou o aperto de mão formal por um abraço e caminhou de braços dados com o presidente brasileiro até o momento da passagem em revista das tropas militares.
Ao aproximarem-se dos jornalistas, Zedillo, dirigindo-se aos mexicanos, disse que eles poderiam fazer perguntas em espanhol a FHC. "Ele fala muito bem", afirmou. O presidente brasileiro, em espanhol, disse apenas que estava alegre por chegar ao México. "Sinto-me bem neste país, como se estivesse no meu."
Outra deferência a FHC será o jantar de amanhã na residência oficial de Zedillo, o Palácio Nacional. Há 14 anos um presidente mexicano não oferece recepção a um visitante estrangeiro no palácio.
FHC cumpre extensa programação a partir de hoje. A pauta é essencialmente política e comercial. Um dos temas em discussão é o pedido de apoio do Brasil ao México à sua pretensão de ocupar uma vaga no Conselho de Segurança da ONU. No campo econômico, querem trocar um período de competição entre si por uma relação de cooperação intensa.
É a 17ª viagem internacional de FHC em seu governo. Segundo sua assessoria, ele jantaria ontem com os escritores Octavio Paz e Gabriel García Márquez.

Acompanham FHC: Ruth Cardoso, os ministros Francisco Weffort (Cultura) e Felipe Lampreia (Relações Exteriores)s- preferiram aceitar a proposta do governo do Estado.
"Nós tava sofrido, meu filho, nesses barracos de plástico. A gente tava cansado de invadir terra por aí"

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