São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996
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Eles não levam lista de produtos

DA REPORTAGEM LOCAL

Juraci Francisco de Souza, 35, analista de sistemas, é um perfeito exemplo da tendência de muitos homens casados irem aos supermercados como uma forma de dividir as tarefas domésticas.
Ele é casado com uma dentista, cujo horário de trabalho não permite que ela faça compras durante a semana. Juraci assumiu, então, esse encargo.
Na sexta-feira à tarde, ele estava na loja do Carrefour na marginal do Pinheiros, na zona sul de São Paulo, fazendo as compras para abastecer sua casa por uma semana.
Juraci normalmente vai ao supermercado três ou quatro vezes ao mês.
Confirmando o que dizem as pesquisas internacionais, ele não leva uma lista do que deve comprar.
Juraci apenas consulta a mulher e a empregada sobre o que está faltando em casa.
E diz que preço não é o único critério na sua decisão sobre que marca deve comprar. Qualidade também conta muito.
Outro comprador do Carrefour, na sexta-feira, pode servir como um exemplo de outra característica dos homens consumidores, segundo as pesquisas.
Francisco Deamo, 45, administrador de empresas, gosta de experimentar tudo o que é novidade nos supermercados.
As pesquisas dizem que os homens são mais ousados nas suas compras do que as mulheres.
Além de ajudar nas compras de supermercado, Deamo também gosta de cozinhar. Por isso, ele inclui nas suas compras produtos pouco usuais na lista dos consumidores brasileiros, como carne de coelho.
Já José Cortez, 70 anos, empresário, retrata outro tipo de consumidor muito comum nos supermercados brasileiros, segundo as pesquisas.
Ele representa aquele consumidor que vai às lojas junto com a mulher e divide com ela as compras.
Sexta-feira, ele podia ser encontrado na área do Carrefour dedicada a produtos como ferramentas, pneus e outros itens para automóveis.

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