São Paulo, segunda-feira, 19 de fevereiro de 1996
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Explosão em Londres deixa dez feridos

OTÁVIO DIAS
DE LONDRES

Uma forte explosão pouco depois das 22h30 de ontem (19h30 em Brasília) na região central de Londres deixou pelo menos 10 feridos, segundo os bombeiros.
A causa da explosão não foi divulgada. A agência de notícias da Associação de Imprensa do Reino Unido disse que várias ambulâncias tinham ido à região.
Segundo a polícia britânica, a explosão ocorreu dentro de um ônibus de dois andares.
Ela ocorreu em Aldwich, próximo ao bairro dos teatros da capital britânica. Há dez dias, uma bomba explodiu no bairro financeiro de Londres, deixando dois mortos e mais de cem feridos. O IRA (Exército Republicano Irlandês) reivindicou o atentado.
Com ele, a guerrilha que luta pela independência da Irlanda do Norte acabou com cessar-fogo de 17 meses.
No último sábado, o IRA também assumiu responsabilidade pela bomba encontrada pela polícia numa cabine de telefone no centro de Londres, na última quinta-feira.
A bomba, definida como "pequena" pela Polícia Metropolitana de Londres, foi desativada antes de explodir. Durante mais de três horas, a região mais turística de Londres foi isolada e esvaziada.
Ontem, o jornal "Sunday Telegraph" publicou que o presidente Bill Clinton se recusa a renovar o visto de entrada nos EUA de Gerry Adams, líder do Sinn Fein, partido político ligado ao IRA.
A recusa seria em protesto à retomada da campanha terrorista da guerrilha separatista IRA.
A decisão de Clinton também mostraria apoio do presidente norte-americano aos governos do Reino Unido e da República da Irlanda, que interromperam o diálogo em nível ministerial com o Sinn Fein enquanto o cessar-fogo do IRA não for restabelecido.
Ontem, o jornal "The Sunday Times" publicou pesquisa de opinião, realizada pelo instituto NOP, segundo a qual 63% dos britânicos são favoráveis ao reinício das negociações entre o governo do Reino Unido e o Sinn Fein.
Na pesquisa, 47% consideram que o governo britânico é "em grande parte" ou "um tanto quanto" culpado pelo colapso do processo de paz na Irlanda do Norte.
Apenas um terço dos consultados pela pesquisa quer que a Irlanda do Norte continue parte do Reino Unido a longo prazo.

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