São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996 |
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PFL e PMDB querem votar Orçamento já
SÔNIA MOSSRI
O PMDB e o PFL, maiores partidos aliados do Palácio do Planalto, perceberam a intenção do governo de adiar ao máximo a votação do projeto orçamentário e, por isso mesmo, marcaram para a próxima terça-feira a discussão do relatório geral na Comissão Mista do Orçamento. O presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), deseja colocá-lo em votação no plenário na Casa ainda na primeira quinzena de março. Déficit de R$ 16 bi O governo não se empenha na votação com o objetivo de conter o déficit do Tesouro Nacional -estimado em mais de R$ 16 bilhões- e conter governadores, parlamentares e prefeitos, que passarão a pressionar mais ativamente pela liberação de verbas tão logo o Orçamento seja aprovado. O presidente da Comissão Mista, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o Congresso não pode protelar mais a votação. "Temos de aprovar o Orçamento para depois avaliarmos com o governo as subestimativas de despesas, como o pagamento do funcionalismo público, e a superestimativa da receita de impostos", observou Calheiros. O vice-líder do governo na Câmara, deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), considera que o Congresso deveria ser "responsável" e votar previsões realistas. O relator-geral, deputado Iberê Ferreira (PFL-RN), já apresentou ao ministro do Planejamento, José Serra, proposta para realização dos cortes de despesas. Equipe econômica A sugestão de Ferreira é que, após a aprovação, o presidente Fernando Henrique Cardoso envie mensagem ao Congresso propondo os cortes, reestimando a receita de impostos e detalhando a necessidade dessas medidas. Essa idéia não tem a simpatia dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. A equipe econômica analisa que isso mostraria a fragilidade do equilíbrio das contas públicas e geraria preocupações no mercado interno e junto aos investidores estrangeiros. Texto Anterior: Correção: dura de morrer Próximo Texto: Empresariado apóia união Mercosul-México Índice |
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