São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Beija-Flor faz crítica a jurados

VICTOR AGOSTINHO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O carnavalesco da Beija-Flor, Milton Cunha, não poupou críticas aos jurados que julgaram fantasia, alegorias e adereços. "Eles adoram D. Pedro 1º e a proclamação da República. Essa caretice eu não vou fazer nunca. Esses jurados são insensíveis. Querem manter um 'status quo' ridículo."
Cunha levou para avenida o enredo "A Aurora do Povo Brasileiro", que mostrava o aparecimento do primeiro homem no país.
Um de seus carros alegóricos reproduzia pintura rupestres de homens das cavernas. Os destaques desfilaram com pênis de 1,5 m. "As pessoas se escandalizaram porque no Brasil sexo ainda é tratado numa redoma de vidro. Ano que vem quero escandalizar ainda mais", disse Cunha.
Elmo José dos Santos, presidente da Mangueira, quarta colocada no desfile, também reclamou da "falta de sensibilidade" dos jurados que analisaram as fantasias. "Eles não entenderam nada."
O enredo "Os Tambores da Mangueira na Terra da Infantaria" falava das lendas do Maranhão.
"Graças a Deus, os jurados compreenderam que não foi culpa da Mocidade desfilar de dia", disse o presidente da escola, Jorge Pedro Rodrigues, sobre o maior temor dos componentes da escola.

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