São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996 |
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Cervejarias têm melhor Carnaval dos anos 90
MÁRCIA DE CHIARA
Depois de muito anos de oferta apertada, pela primeira vez o consumidor não teve de enfrentar falta de produto e aumento de preços, típicos dessa época do ano. "Trabalhamos com promoção e as indústrias entregaram o produto diariamente", diz Omar Assaf, vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas). Entre cervejas, refrigerantes e outros produtos de verão, os supermercados do litoral paulista frequentados por turistas faturaram cerca de 20% mais neste Carnaval em relação ao do ano passado. No caso da cerveja, a maior oferta da bebida nacional e importada garantiu o abastecimento. O produto chegou a ser vendido com desconto em pleno Carnaval. "Tudo indica que o Carnaval foi muito bom. Hoje (ontem) a reposição começou muito forte no Rio de Janeiro, em São Paulo, Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE)", diz Carlos Eduardo Jardim, vice-presidente de assuntos corporativos da Kaiser. A empresa deve fechar o mês vendendo 140 milhões de litros de cerveja. Esse volume é 20% maior em relação a fevereiro de 95. O faturamento da Kaiser deve ter crescido entre 10% e 12% no período. A Antarctica é outra que está satisfeita com o desempenho do Carnaval. A empresa vendeu, desde o início do mês, 7,8 milhões de latas de cervejas, contra 6 milhões em fevereiro de 95. O crescimento em volume e faturamento é de 30%. No produto envasado em garrafas, a cervejaria manteve o volume (28 milhões de dúzias de garrafas de 600 mililitros) do ano passado. "Entre cervejas e refrigerantes, faturamos R$ 248 milhões em fevereiro", diz Francisco dos Santos, gerente nacional de marketing. O acréscimo na receita obtida com refrigerantes foi entre 10% e 12% em relação ao ano anterior. Segundo Santos, o estoque de cerveja em lata está praticamente zerado. No caso das garrafas, a sobra dá para três dias. Para reforçar a presença da Budweiser, com a qual a Antarctica acaba de fechar uma "joint-venture", a estratégia da cervejaria foi reduzir, no Carnaval, a diferença de preços entre a cerveja em lata que leva a sua marca e a da sócia. Normalmente, diz Santos, a Budweiser é 15% mais cara que a Antarctica. Mas, neste ano o diferencial girou em torno de 3%. Texto Anterior: Kaiser ultrapassa concorrentes em SP Próximo Texto: Banco Multiplic registra em 95 lucro de R$ 107 milhões Índice |
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