São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 1996
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Violência carnavalesca

Paradoxalmente, nos períodos de festas, quando as pessoas em tese estão mais alegres, verifica-se um aumento nos níveis de violência. Podem-se encontrar várias explicações para o fenômeno, desde o álcool até o fato de as pessoas terem sua rotina alterada.
Nada explica, porém, a brutal diferença -para pior- nos níveis de barbárie registrados neste Carnaval em relação aos do ano anterior. Podem-se arriscar alguns palpites. Em 95, por exemplo, o nível de desemprego não era tão alto como hoje. Pode-se ainda atribuir a diferença de números ao acaso.
O que importa, porém, é tomar medidas efetivas para que, em 1997, não se tenha um novo e lúgubre recorde. Desarmar a população torna-se, aqui, um imperativo. Álcool, um pequeno desentendimento e uma arma costumam revelar-se uma mistura fatal.
De resto pessoas que andam armadas e não têm treinamento adequado para usá-las acabam tornando-se os grandes fornecedores de armas "frias" para os bandidos, o que só faz aumentar a terrível espiral da violência.
Um controle mais rígido na venda de armas e na concessão dos portes são um imperativo.

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