São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996 |
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Liberação de preços é uma opção estudada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo planeja conceder um reajuste entre 10% e 15% sobre o preço do álcool produzido pelas usinas e liberar o preço do combustível nas bombas para os consumidores.A outra possibilidade em estudo para dar sobrevida ao Proálcool pode exigir a redução da margem de lucro da Petrobrás. Indiretamente, essa medida seria mais um ônus para a empresa. A idéia de ainda deixar a Petrobrás subsidiando o álcool sofre fortes restrições dos técnicos do governo que examinam a questão. Eles propõem que a proposta tenha, quando muito, caráter temporário -até que venha a liberação dos preços dos combustíveis com a regulamentação da emenda que quebrou o monopólio estatal da Petrobrás. A Folha apurou que os técnicos dos ministérios da Fazenda, da Indústria, do Comércio e do Turismo, das Minas e Energia e do Planejamento examinam outras alternativas para equacionar o problema do preço do álcool. Uma delas asseguraria o aumento para os produtores, repassando-o também aos preços dos combustíveis. O índice do reajuste seria rateado entre a gasolina, o álcool e o diesel, permitindo a aplicação de um pequeno aumento em cada um deles. Um reajuste global de, por exemplo, 15%, poderia ser reduzido a pouco mais de 4% em cada combustível. Nesse caso, o faturamento final dos diversos combustíveis pela Petrobrás é que conta. Mas o consumidor da gasolina e do diesel estaria, mais uma vez, subsidiando o álcool. A Folha também apurou também que o governo acha excessivo o número de usinas de álcool no país. Quer reduzi-las de 346 para cerca de 200. O plano é estimular fusões e trocas nos comandos acionários das usinas. Trinta e oito se encontram na "UTI", com diagnóstico de "inviabilidade técnico-financeira" e 42 já fecharam as portas. Os técnicos voltam a se reunir amanhã para discutir o tema. Na terça será a vez da ministra Dorothea Werneck (Indústria, Comércio e Turismo) se reunir com representantes da Frente Parlamentar em Defesa do Proálcool, dos usineiros, dos distribuidores de álcool e dos trabalhadores do setor. Os resultados da reunião serão levados pela ministra ao presidente Fernando Henrique Cardoso, que deverá anunciar oficialmente a retomada do Proálcool até o final da próxima semana. Texto Anterior: Proálcool gera R$ 1,3 bi de prejuízo por ano e mantém 1,3 mi de empregos Próximo Texto: Montadoras vêem saída na 'lei de Gérson' Índice |
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