São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
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Setor defende uma limitação

PAULO FERRAZ
ESPECIAL PARA A FOLHA

A frota brasileira de carros a álcool deve ser mantida nos atuais níveis de algo em torno de 4,5 milhões de veículos. A produção deve ser apenas suficiente para reposição do sucateamento da frota.
Se a produção for muito acima desse patamar, corre-se o risco de ocorrer falta de combustível.
Segundo o presidente do Sindicato dos Fabricantes de Álcool do Estado de São Paulo, Oscar Figueiredo Filho, esta é a posição do setor nas negociações com o governo para a reativação do Proálcool.
"Não podemos cair no mesmo erro do passado, quando os carros a álcool chegaram a representar 95% de toda a produção de carros da indústria automobilística. Como resultado, fomos obrigar a enfrentar escassez e até colapso no fornecimento de álcool combustível". O alerta é de Cícero Junqueira Franco, um dos fundadores do Proálcool.
O setor defende ainda uma diferenciação nos incentivos à compra e uso de carros a álcool.
"Nos grandes centros, como São Paulo, o incentivo deveria ser maior para o uso de carros a álcool. Isso seria interessante por dois motivos: os índices de poluição dos grandes centros são muito altos e têm de ser controlados e o consumo de combustível nas grandes cidades é muito maior", diz Figueiredo.

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