São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Psicólogo perderá as vantagens da lei

DA REPORTAGEM LOCAL

O psicólogo Luis Cláudio Figueiredo, 50, começou a trabalhar aos 28 anos. Em compensação, poderá acumular aposentadorias, como permite a lei em vigor a médicos e professores. Figueiredo ensina em duas universidades: uma pública e outra privada.
O início tardio de sua vida profissional deveu-se a seu exílio no Chile. Ali concluiu a graduação em psicologia. De volta ao Brasil, fez o mestrado e doutorado na USP (Universidade de São Paulo).
Desde 1986 leciona nessa universidade. Ali pretende trabalhar até os 70 anos, quando terá de aposentar-se. Como professor universitário, com direito a aposentadoria especial pela lei em vigor, poderia aposentar-se com 30 anos de trabalho e salário integral.
O projeto do governo acaba com a aposentadoria especial, mas há uma proposta de que o limite de idade seja estendido para 75 anos. Nesse aspecto, a situação de Figueiredo continuará a mesma. O governo vai cortar de um lado e aumentar do outro.
Para que se aposente na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo faltam 13 anos. O benefício que receberá estará limitado ao teto pago pela Previdência pública: os atuais R$ 832,66, ou R$ 1.000,00, se aprovados.
Figueiredo pode comprovar tempo de contribuição desde que começou a trabalhar. Tem tudo registrado em carteira.
Ele poderá complementar seus rendimentos de aposentado com o que ganha de seus pacientes no consultório.

Texto Anterior: Arquiteto contribui com fundo privado
Próximo Texto: Ambulante vai ter dificuldades
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.