São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996 |
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Ambulante vai ter dificuldades
DA REPORTAGEM LOCAL O vendedor ambulante Luiz Alfredo Melo, 53, não sabe explicar como contribui com a Previdência. Ele diz que paga ao INSS há mais de 20 anos como autônomo, mas afirma que o pagamento é anual. O secretário de Previdência Social, Marcelo Estevão de Moraes, desconhece esse tipo de contribuição.Pernambucano de Garanhuns, Melo começou a trabalhar aos 12, na roça da família. Aos 23, veio para São Paulo, conseguindo emprego como servente de pedreiro, sem carteira assinada. Dois empregos e nove meses depois, voltou para Garanhuns e para a roça. Aos 34, retornou a São Paulo. empregou-se em duas indústrias antes de resolver seguir por conta própria, como ajudante de camelô. Há sete anos conseguiu sua própria banca. Vende frutas, biscoitos e balas e "tira" por mês entre R$ 300,00 e R$ 400,00. Ao todo, tem 2 anos e 11 meses de carteira assinada. Melo poderá aposentar-se aos 65, por idade (2008). Terá de comprovar13 anos e meio de contribuição (em 2011, o prazo de carência será de 15 anos). Caso não consiga, fará jus ao Benefício Assistencial por Velhice. Pela nova lei, terá de comprovar tempo de contribuição maior, oq eu lhe criará dificuldades. Se não puder comprovar vínculo empregatício ou mostrar carnê de autônomo, receberá o benefício por velhice. Texto Anterior: Psicólogo perderá as vantagens da lei Próximo Texto: Lugares fora do lugar Índice |
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