São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
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Projeto obedece a normas ecológicas

DA REPORTAGEM LOCAL

O córrego que passa ao lado do novo centro gráfico não corre o risco de vir a ser poluído se depender da Folha. O prédio segue normas ecológicas no tratamento de esgoto e de resíduos industriais. Até a acústica foi planejada para que não haja poluição sonora.
A Folha teve todas essas preocupações, mas a impressão de jornais é considerada uma indústria limpa por organizações ambientais e governamentais. Tanto é assim que a gráfica do "The New York Times" funciona na rua 43, no epicentro de Nova York.
A usina de tratamento de resíduos industriais do Centro Tecnológico Gráfico-Folha neutraliza o ácido acético (vinagre), subproduto gerado na sensibilização das chapas usadas na impressão. Após ter tratado, o ácido vira água até 600 vezes mais pura do que a do rio Tietê.
O prédio tem confortos acústicos e térmicos habitualmente desprezados em gráficas. Paredes duplas, separadas por 25cm, evitam a propagação do som para o ambiente externo.
Toda a estrutura é coberta por telhas duplas feitas com uma liga de zinco e alumínio, separadas por uma camada de poliuretano (um produto sintético que absorve o som) com três centímetros de espessura.
Os gráficos vão trabalhar em salas silenciosas e com ar condicionado, isoladas das impressoras por cabines de vidro. O planejamento térmico garante que a temperatura da gráfica seja sempre inferior à do ambiente externo.
Dois dispositivos operam aí: as telhas duplas, que isolam e refletem o calor, e aberturas no prédio. O ar frio entra por aberturas inferiores e refresca o ambiente de trabalho. Ao se tornar quente, o ar sobe e sai por aberturas que ficam no alto do prédio.

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