São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996 |
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Cor total chega a todas as edições em agosto
DA REPORTAGEM LOCAL A Folha construiu o mais moderno prédio de gráfica do país para abrigar uma das mais avançadas impressoras fabricadas no mundo. Com os novos equipamentos, a Folha passa a controlar o maior parque gráfico da América Latina. O novo Centro Tecnológico Gráfico-Folha é capaz de imprimir 41,7% mais exemplares do que a gráfica atual.O coração do Centro Tecnológico e Gráfico Folha é composto por duas rotativas Uniman e duas Geoman, fabricadas pela Man Roland, da Alemanha. As duas primeiras máquinas começaram a operar em 4 de dezembro; as outras duas entrarão em funcionamento nos meses de maio e agosto deste ano. Assim, em agosto, todo o país passará a receber a Folha com cores na maioria das páginas. Esse modelo de impressora é um privilégio de jornais modernos, como o "USA Today" (Estados Unidos), o "Corriere della Sera" (Itália), o "Le Figaro" (França), o "Axel Springer" (Alemanha) e o "ABC" (Espanha). A inovação mais visível será percebida imediatamente pelo leitor. Quando todas as máquinas entrarem em operação, a Folha poderá imprimir de uma só vez um jornal de 64 páginas com cores em 75% das páginas. Hoje, é possível imprimir 4 páginas coloridas num jornal de 40 páginas. As rotativas que permitem esse ganho formam 24 torres de 15,10 metros de altura -equivalente a um prédio de cinco andares. As 24 torres fazem o mesmo trabalho que 92 impressoras autônomas. Todos as fases da impressão são controladas por computadores -da gravação da chapa usada para rodar o jornal até a remessa para os caminhões, feita por uma espécie de braço mecânico. A automatização, para o leitor da Folha, significa ganho de qualidade no jornal. Na maioria dos jornais brasileiros, essas tarefas são executadas manualmente. Uma das grandes inovações das impressoras Uninan é a sua disposição vertical, que permite ganho de tempo na impressão. Nas rotativas horizontais, o papel faz um zigue-zague para ser impresso. Com a Uniman, o papel percorre uma linha reta. Isso economiza tempo. A contagem de exemplares impressos, o empacotamento e o carregamento nos caminhões é automatizado. Esteiras rolantes conduzem os exemplares para a contagem e o empacotamento. O pacote é amarrado automaticamente e levado por outra esteira até 13 docas, nas quais estacionam os caminhões. O processo final dispensa o trabalho manual. O pacote é colocado no caminhão por um braço mecânico. Ao contrário de outras gráficas, o prédio do Centro Tecnológico Gráfico-Folha não é isolado do ambiente externo. Iluminado por luz natural, há janelas em todos os ambientes. A finalidade do projeto é aliar a qualidade industrial à qualidade de vida dos trabalhadores, segundo seu autor, o arquiteto Paulus Magnus, 31. Construído em concreto e blocos aparentes, e cercado por uma mata de eucaliptos, ele possui 24.294 m² de área construída, o equivalente a três campos de futebol. Sua estrutura é modular: pode ser ampliado sem perder as suas características originais. Texto Anterior: Leitor terá vantagens Próximo Texto: Novo projeto usa letra exclusiva Índice |
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