São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996 |
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Agência de emprego usa 'ano novo' em anúncio
LUCIA MARTINS; AURELIANO BIANCARELLI
A idéia de publicar o anúncio surgiu depois da análise feita pela direção da empresa, que constatou um aumento de 30% no número de candidatos que procuram a agência depois do Carnaval. Só em São Paulo -a agência tem filiais em oito Estados- a agência recebe 6.000 candidatos a vagas de empregos em março. "Quando acaba a folia, as pessoas caem na real e começam a procurar emprego", afirma Edson Belini, 43, diretor de marketing da empresa. Maria da Graça Gomes, 26, está desempregada desde dezembro, mas esperou passar o Carnaval para começar a procurar um novo emprego. Maria era auxiliar de escritório em uma grande empresa (ela não quis dizer o nome) e foi demitida com outros três colegas. Nos dias seguintes à demissão, Maria ainda tentou procurar uma vaga nos jornais, mas conta que foi inútil. "Em dezembro, a maioria das empresas não contrata ninguém. Em janeiro, muitas ainda dão férias coletivas aos funcionários. O jeito foi esperar passar tudo", afirma. Desde a última quinta-feira, Maria acorda cedo, compra jornal e sai percorrendo, de ônibus, todos os endereços de possíveis empregadores. Comércio A ausência de turistas e a fuga do paulistano para o litoral em fevereiro também são sentidas pelo comércio. As vendas caem 15% neste mês. Tudo fica parado. Os comerciantes não repõem seus estoques e as lojas ficam vazias. "O ano só começa mesmo em março", diz Elvio Aliprandi, presidente da associação comercial. Segundo ele, muitas lojas que fornecem materiais para a indústria ficam completamente paralisadas até março. "Algumas chegam até a fechar", afirma. (LM e AB) Texto Anterior: Teens 'enforcam' 1ª semana de aula Próximo Texto: Publicitários não crêem em marketing nas férias Índice |
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