São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 1996
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E.T. phone home

Que tal seres extraterrestres com ou sem anteninhas conversando com os nossos astrônomos por ondas de rádio ou mesmo nos visitando em seus discos voadores? Ficção científica? Talvez não. Como mostra o astrônomo Ronaldo Rogério de Freitas Mourão no caderno Mais! de hoje, novos métodos de detecção vem permitindo a descoberta de planetas fora do Sistema Solar. Como se sabe, a vida só é possível em planetas, devido às elevadíssimas temperaturas das estrelas.
A questão da busca por civilizações extraterrestres não é nova e, em 1961, o astrofísico Frank Drake elaborou uma equação para calcular a probabilidade de haver vida inteligente na galáxia.
No cálculo de Drake entram variáveis bastante complexas como taxa média de formação das estrelas, fração do número de planetas com condições propícias para o surgimento de vida e outras de ainda mais difícil compreensão.
Obviamente, os valores que se atribuem a essas variáveis são bastante vagos e altamente controversos. De qualquer forma, de acordo com os números mais aceitos pela comunidade científica, conclui-se que o número de civilizações inteligentes fora da Terra pode variar de 0 a 1 milhão. Tudo depende da mais imponderável das variáveis: o tempo de sobrevivência de uma sociedade de alta tecnologia.
De acordo com os pessimistas, toda civilização "inteligente" tem o péssimo hábito de se destruir e torna-se muito eficaz nessa tarefa quando desenvolve alta tecnologia. Para eles, essas civilizações não sobreviveriam muito depois de conseguir obter meios de destruição em massa. Nesse caso, segundo a equação de Drake, nós estaríamos sós no universo.
Para os mais otimistas, se parte das civilizações que conquistarem a tecnologia de destruição de massa a ela resistirem, então o número de sociedades inteligentes pode chegar a 1 milhão. Assim, nós não estaríamos sós, pelo contrário até, muitíssimo acompanhados. Portanto, não estranhe se qualquer dia você ouvir um: "E.T. phone home".

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