São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Acordo sobre Banespa pára

GUSTAVO PATÚ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os entendimentos entre o Banco Central e o governo de São Paulo acerca do Banespa emperraram mais uma vez. O envio do acordo para salvar o banco ao Senado, previsto para a próxima semana, deverá atrasar.
A área técnica do BC considerou insuficientes os dados apresentados pelo governo Mário Covas (PSDB) na proposta a ser enviada ao Senado. Pela legislação, o BC deve encaminhar aos senadores um parecer sobre a viabilidade de operações como a do Banespa.
Fechado no início do ano, o acordo do Banespa prevê que metade da dívida do Estado junto ao banco -equivalente, na época, a R$ 7,5 bilhões- será renegociada em prazo de até 30 anos.
Para isso, é preciso que o Senado autorize o Estado a ampliar seu endividamento e receber um empréstimo federal, em forma de títulos, para quitar metade de seu débito junto ao Banespa.
Segundo a Folha apurou, a proposta que o governo de São Paulo enviou ao BC não continha o valor do financiamento a ser recebido do Tesouro -que, quase dois meses após o fechamento do acordo, já passou dos R$ 7,5 bilhões e pode estar próximo dos R$ 8 bilhões.
Na avaliação da área técnica do BC, os documentos recebidos do governo Covas são mais semelhantes a uma carta de intenções.

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