São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996 |
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TCU cancela audiência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), ministro Marcos Vilaça, se recusou ontem a receber uma comitiva da Companhia Vale do Rio Doce, que tinha audiência marcada para defender a participação da estatal no leilão de privatização da RFFSA (Rede Ferroviária Federal S/A).A recusa se deveu à ausência do presidente da Vale, Francisco Schettino. Ele havia solicitado pessoalmente o encontro com Vilaça. A Vale quer participar do leilão da RFFSA -marcado para terça-feira- sem pedir autorização ao Senado, contrariando dispositivo constitucional. O processo está em tramitação no TCU. Ao não comparecer à audiência, Schettino descumpriu as formalidades do TCU, onde as audiências só são feitas entre cargos de mesmo nível ou acima. Vilaça também ficou irritado por não ter sido comunicado, com antecedência, da ausência de Schettino. "Quem me pediu a audiência foi o presidente da Vale. Ele não veio, não é mais comigo. É com a área técnica", disse Vilaça, que trocou a audiência por uma conversa com os jornalistas. A Vale justificou a ausência de Schettino com um argumento que considera justo: ele se encontrou ontem em São Paulo com empresários do Kindaren, espécie de Fiesp japonesa. O vice-presidente da Vale, Anastácio Fernandes Filho, e seus quatro acompanhantes deixaram a ante-sala da presidência do TCU e subiram um andar do prédio para despachar com os técnicos do tribunal. Texto Anterior: Banco Meridional vai a leilão dia 14 de maio Próximo Texto: Para auditor, objetivo não é 'pegar ladrão' Índice |
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