São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996 |
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Estado e prefeitura trocam acusações
CLAUDIO AUGUSTO
O secretário municipal de Vias Públicas, Reynaldo de Barros, mandou multar o Metrô, mas não soube informar o valor da multa. Segundo ele, uma das obras da empresa está causando enchentes no Brooklin (zona sul). "Passa para a prefeitura que ela faz", disse Barros, ironizando o fato de o Estado ter interrompido a obra em 93. O secretário estadual dos Transportes Metropolitanos, Cláudio de Senna Frederico, rebateu as críticas de Barros. "Não ando por aí procurando culpados", disse Frederico, a quem o Metrô é subordinado. "As enchentes aconteciam antes de o Metrô iniciar a obra, em 86." Frederico declarou que atribuir as enchentes à interrupção das obras é a mesma coisa que afirmar que a falta de remédio provoca a doença. Segundo ele, o Metrô precisa de R$ 60 milhões para concluir a obra -o anel viário que liga a zona sul de São Paulo à zona leste, passando por municípios da região do ABCD. "Estou tentando um acordo com a empreiteira e os financiadores", afirmou Frederico. Corredor A idéia do governo estadual é construir um corredor de trólebus ao longo do anel viário, que vai ligar a avenida Luís Carlos Berrini à zona leste e terá 44 km de extensão quando estiver totalmente pronto. Hoje, os trólebus ligam o Jabaquara, na zona sul de São Paulo, à São Mateus. "O Metrô começou a fazer a obra porque não dá para utilizar trólebus onde tem enchente", disse Frederico. A estimativa do secretário dos Transportes Metropolitanos é que a obra demore cerca de nove meses para ser concluída. As enchentes só vão terminar no bairro, segundo Frederico, se a prefeitura fizer a sua parte e limpar o dreno do Brooklin, além de o Metrô concluir a sua parte. Texto Anterior: Policiais provocam tumulto em agência Próximo Texto: Pane em radar atrasa vôos Índice |
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