São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996 |
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Quebra de safra fica abaixo do esperado
MAURO ZAFALON
O plantio da região, que representa 20% da produção do Estado, foi feito em três estágios: outubro, meados de novembro e janeiro. Os agricultores começam a colher o que foi plantado em outubro, o período mais prejudicado pela forte estiagem do final do ano passado. Este início de safra mostra queda de 23% na produção de soja. Os produtores estão conseguindo 2.100 quilos por hectare, contra 2.750 quilos nos anos anteriores. No caso do milho, a quebra é de 30%. A produção está sendo de 4.200 quilos por hectare, abaixo da média de 6.000 quilos nos anos anteriores. Pitoli avalia que, quando se iniciar a colheita do que foi plantado em novembro e janeiro, a quebra será bem menor. Em média, a quebra da produtividade da soja deve ficar entre 10% e 15%, prevê. Já a do milho pode ficar em 25%. Segundo Pitoli, vem em boa hora as novas medidas de incentivo aos produtores, aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional para o custeio da safrinha de milho. Quem plantou a soja cedo, deve optar pelo milho. O dinheiro liberado é suficiente para o custeio de agricultores com até 80 alqueires. Ao contrário, os que atrasaram o plantio devem optar por trigo, porque seria arriscado plantar milho após a primeira quinzena de março. O risco de geada é muito grande para o produto. Já o trigo, resistente ao frio, passa a ser a única opção de plantio de inverno para os agricultores. Como a maioria atrasou o plantio de verão, o aumento de área de trigo deve ser natural neste ano, independente dos incentivos do governo, segundo Pitoli. Quanto ao preço mínimo de R$ 157 por tonelada para o produto de melhor qualidade, Pitoli considera ruim. O trigo importado custa ao redor de R$ 200 a tonelada. Texto Anterior: BC atua no over e divide o mercado Próximo Texto: CDB volta a liderar aplicações; Ibovespa se desvaloriza 3,76% Índice |
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