Folha de S.Paulo - Ela, a Venezuela

São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996

Ela, a Venezuela

JUCA KFOURI

Ela, a Venezuela, já tirou a vaga do Brasil nos Jogos Olímpicos de Barcelona, com um empate de 1 a 1, em Assunção, no Paraguai. Verdade que nosso técnico era uma invenção da CBF chamada Ernesto Paulo, que, como Conceição, se sumiu ninguém sabe, ninguém viu.
Mas o time tinha o goleiro Róger, tinha Cafu, Márcio Santos, Roberto Carlos, Nélio, Bismarck, Dener, Élber e Luis Fernando, entre outros mais ou menos votados. Isto é, não era um timinho qualquer.
Daí todo cuidado ser pouco hoje à noite em Tandil. Tal e qual Juninho, Souza e Sávio, também acho que seria melhor ir direto para Mar del Plata, onde o campo é grande e o gramado melhor que o da sede que nos coube, uma pequena vergonha típica destes lados do mundo.
Mas, de qualquer jeito, melhor enfrentar a Venezuela num piso esburacado que Uruguai e Argentina, quando será preciso jogar bom futebol para vencer. Sem dúvida, no entanto, as más condições do campo nivelam por baixo e, em regra, é o time brasileiro o maior prejudicado.
Só mesmo o goleiro Dida e o lateral-direito Zé Maria não estão aquém do que podem.
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A quebra do sigilo das ligações telefônicas do presidente do Botafogo de Ribeirão Preto, Laerte Alves, mostra o que se esperava: ele não apenas recebeu telefonemas do ex-árbitro Wilson Catani, mas também fez diversas chamadas, algumas das quais com mais de 50 minutos de duração.
Paralelamente, foi encontrado um cheque em uma oficina mecânica que deve servir como mais uma prova do envolvimento entre ambos.
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O homem do Ibama foi à W/Brasil e pediu os documentos do macaco da Antarctica. Recebeu uma angelical resposta do publicitário Washington Olivetto. "Lamento, mas o macaco não está. E ele não sai sem levar seus documentos..."
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Traduzindo, Jean-Marc Bosman é mesmo um marco na história da modernização do futebol.
Ele foi particularmente feliz ao dizer que o fim do passe e da limitação de estrangeiros nas equipes européias não alterará a distância, por exemplo, que existe entre um Milan e o clube português Guimarães.
"Julgo que a ordem entre grandes e pequenos se manterá porque eles já criaram a sua própria dimensão", afirmou "Marco" Bosman, com sabedoria.

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