São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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Futebol da Venezuela tem projeto para 2005

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO A TANDIL

A fase final do Pré-Olímpico é o primeiro fruto e o primeiro grande desafio de um projeto inédito do futebol venezuelano: ganhar a Copa América de 2005, que será disputada naquele país.
O projeto envolve ainda esforços nas equipes de futebol, para torná-las mais capazes de revelar jogadores, e principalmente na área de marketing.
A federação local vai tentar fazer as TVs se interessarem pelo futebol local -os esportes mais difundidos são beisebol e basquete.
"O futebol é o esporte mais praticado, mas tem pouco prestígio no país", diz o técnico Rafael Santana, ex-jogador da seleção.
Santana, que assumiu a seleção em junho de 95, um mês antes da Copa América, acha que já sabe como enfrentar o Brasil.
No treino de ontem, ele montou uma defesa que varia de quatro até cinco jogadores, dependendo da situação. Um dos destaques da marcação é o zagueiro McIntosh.
Apesar do sobrenome escocês, McIntosh é negro. Seus avós nasceram em Trinidad-Tobago e foram descendentes de escravos. Diz também que possui um exemplar dos computadores Apple que levam seu nome, mas que já se acostumou com as gozações.
No ataque, Santana insistiu muito com uma jogada pela direita. O atacante Dickson Morán, que recua como meia para marcar, é acionado pela ponta direita.
Como um ponta clássico, ele arranca com a bola e tanto pode entrar na área para chutar, quanto cruzar para Castellín, o artilheiro da equipe com três gols.
O tom da análise desse time sobre o Brasil é a suposta lentidão.
"Os zagueiros são lentos", diz o goleiro Castellín.
(MD)

NA TV
Globo e Bandeirantes, ao vivo

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