São Paulo, sexta-feira, 1 de março de 1996
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"Opinião Nacional" comemora três anos e três pontos de audiência

DA REPORTAGEM LOCAL

Comemorando três anos, o "Opinião Nacional", da TV Cultura, recebe hoje os economistas Maria da Conceição Tavares e Delfim Netto -que participaram do primeiro programa- para um debate sobre os principais problemas da economia nacional.
O programa vai ao ar de segunda a sexta, às 20h30. Atinge três pontos de audiência e, por vezes, fica em terceiro lugar, atrás do SBT e da Rede Globo.
É um feito para um programa da TV Cultura que disputa o horário nobre com debates e entrevistas.
O "Opinião Nacional" conta com dois apresentadores, Mona Dorf e Heródoto Barbeiro, e com os comentários sobre economia de Celso Ming.
As entrevistas são realizadas em dois estúdios, em São Paulo e Brasília.
"O programa surgiu calcado na agilidade do rádio. A idéia é repercutir os assuntos quentes do dia, privilegiando política e economia", diz Hélio Goldsztejn, 40, chefe de redação do programa.
Goldsztejn diz que o "Opinião Nacional" foi o primeiro programa da TV a usar o fax para receber perguntas dos telespectadores.
Nesses três anos, o programa recebeu mais de 2.000 convidados, de Fernando Henrique Cardoso a Luis Inácio Lula da Silva, passando pelo prêmio Nobel da Paz de 90, Adolfo Perez Esquivel.
"No princípio, a produção tinha que correr atrás dos políticos para que eles viessem. Hoje é o contrário", diz Goldsztejn.
Mesmo privilegiando temas relacionados a política e economia, personalidades ligadas a outras áreas também foram ao programa, como o navegador Amir Klink, o sertanista Orlando Villas-Boas e o astronauta Terence Henricks.
Como o programa vai ao ar ao vivo, de vez em quando os apresentadores têm que lidar com o imprevisto.
"Em um debate sobre mudança da banda cambial, no ano passado, uma mosca entrou no estúdio e não saiu mais", diz a apresentadora Mona Dorf, 36.

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