São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996 |
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Manobra evita intervenções
LUCAS FIGUEIREDO
A limitação da participação da oposição se deveu a manobras do governo. Primeiro, líderes do governo no Congresso foram convencidos a evitar a criação de uma supercomissão para investigar o sistema financeiro, deixando que Loyola prestasse depoimento em sessão conjunta de duas comissões formada predominantemente por governistas. Os 44 membros dessas duas comissões -responsáveis pela análise de MPs (medidas provisórias) relacionadas ao programa de fusão de bancos- tinham preferência na hora de fazer perguntas. parlamentares não-membros da comissão tiveram seu tempo limitado devido à exposição inicial de Loyola, que durou 2 horas e 35 minutos. O deputado Milton Temer (PT-RJ) protestou contra a duração da exposição. A estratégia foi traçada no final de semana passado. O objetivo era alongar o máximo possível a exposição inicial de Loyola, limitando a participação de parlamentares de oposição. Uma parte da manobra do governo acabou não funcionando, o que permitiu que os opositores ganhassem mais tempo para falar. O Planalto havia conseguido transferir o depoimento de Loyola para o plenário do Senado, onde deveria terminar até às 14h30 -horário do início da sessão principal da Casa. O presidente da sessão, senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acabou mudando de idéia. Ele manteve a exposição de Loyola no plenário do Senado, mas transferiu o depoimento para uma sala menor após às 14h30. Texto Anterior: Depoimento agrada mercado Próximo Texto: Pérsio Arida teme por estabilidade do real Índice |
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