São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996 |
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Desfecho pode repetir Arida MARTA SALOMON MARTA SALOMON; VALDO CRUZ
Diretor-executivo da Sucursal de Brasília Gustavo Loyola deverá ter o mesmo destino que seu antecessor na presidência do BC, Pérsio Arida. Depois de enfrentar um bombardeio político, Arida saiu-se bem em depoimento no Congresso e acabou deixando o cargo. Loyola decidiu adotar a mesma estratégia. Para evitar tumultos no mercado financeiro, o presidente do BC vai esperar um momento mais calmo para deixar o cargo. O prazo para a saída de Loyola não está definido. No caso de Arida, o intervalo entre a crise -denúncias de vazamento de dados sobre mudança cambial- e o anúncio da demissão durou dois meses. A convicção de que Loyola repetirá o destino de Arida é compartilhada por integrantes do comando político do governo. "Para mim, não será surpresa", observou o líder no Senado, Élcio Alvares (PFL-ES). "No lugar dele, eu me sentiria desmotivado", completou. No depoimento de ontem, Loyola conseguiu acalmar uma das principais fontes de pressão política que vem enfrentando no cargo: a bancada do PFL baiano. Sob o comando do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), o grupo não se conforma com a demora do BC em acertar a venda do Econômico em condições semelhantes às do Nacional. "Estou certo de que agora ele vai resolver", disse o deputado Benito Gama (PFL-BA), no início da noite. "O Econômico será beneficiado pelo Proer", adiantou. A operação vive um impasse depois que o BC rejeitou a segunda proposta do Banco Excel para comprar o Econômico. Não é a primeira vez que Loyola ameaça pedir demissão. Ameaçou sair na crise da pasta rosa. Dois nomes são cotados para substituir Loyola, caso ele realmente deixe o cargo: o diretor de Política Econômica do próprio BC, Francisco Lopes, e o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros. Texto Anterior: Para Febraban, fraude é isolada Próximo Texto: Abertura de CPI é dificultada Índice |
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