São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996
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Chuva deixa Butantã ilhado até as 12h

DA REPORTAGEM LOCAL

As chuvas que atingiram a região do Butantã (zona oeste de São Paulo) durante a noite de anteontem fizeram o córrego Pirajussara inundar e deixaram várias ruas alagadas.
Na parte da manhã, ainda havia água na região da rua Alvarenga com a avenida Afrânio Peixoto, perto da Cidade Universitária, que também ficou alagada. O trânsito naquela região só foi retomado, precariamente, por volta das 12h. A liberação completa só ocorreu uma hora depois.
Por causa do problema, o trânsito ficou parado nas avenidas Rebouças, Eusébio Matoso e marginais Tietê e Pinheiros, o que acabou refletindo nas principais ruas e avenidas da cidade.
Às 9h30, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou um pico de 108,7 km de congestionamentos. O normal para o período da manhã é de 80 km.
O prefeito Paulo Maluf disse ontem que as obras no Pirajussara que cabem ao município de São Paulo já estão prontas.
Falta a parte de Taboão da Serra, mas esse é outro município e só podemos ajudar se for firmado um convênio entre as duas prefeituras.
Segundo medições da Eletropaulo, choveu, das 15h às 24h de ontem, 38 mm. Do início do mês até as 7h de ontem, choveu 74,4 mm, quase o dobro da média histórica de março (183,1 mm).
Segundo o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), na região do Butantã choveu 51,1 mm.
O cruzamento em frente ao portão principal da Cidade Universitária ficou alagado das 22h de anteontem até as 13h de ontem.
Motoristas cujos carros ficaram parados na água dormiram no local. Só por volta das 4h de ontem a água começou a baixar.
Às 6h30, o tráfego no local foi liberado para caminhões e ônibus. Às 11h10, a CET autorizou a passagem de automóveis, mas apenas em uma pista e para os carros vindos da ponte da Cidade Universitária.
Muitos motoristas rodaram desorientados pela região. A CET fecha o acesso, mas não informa sobre alternativas. A gente fica perdido, reclamou Judite Vieira Dantas, 32, que vinha do Tatuapé e ficou 45 minutos tentando chegar à avenida Corifeu de Azevedo Marques.
A CET deslocou para a área guinchos e um carro anfíbio, que fez resgates e transportou pessoas.
Parte dos 13,4 mil alunos da USP que estudam pela manhã não conseguiu chegar à universidade ou ficou sem professores. À tarde, as aulas voltaram ao normal.
A Eletropaulo informou que cerca de 180 mil pessoas ficaram sem energia elétrica ao longo do dia de anteontem e da madrugada de ontem. Foram atendidas 1.153 ocorrências. A empresa informou que a situação voltou ao normal na parte da manhã.

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