São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Ação da torre de Cumbica será apurada
GEORGE ALONSO
O tenente-coronel Juan Vergara, chefe do 4º Serviço Regional de Aviação Civil (Serac-4), disse que o papel dos controladores será um dos fatores que serão investigados e, se houver necessidade, novas recomendações serão feitas. Ainda que o piloto Jorge Luiz Germano Martins fosse inexperiente (só 170 horas de vôo em Learjet 25, um avião nervoso) e tenha cometido erros, uma das questões que precisa ser respondida é até que ponto o Controle de Radar e a Torre de Cumbica podem intervir para evitar um acidente desse tipo nas "barbas" do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). O piloto dos Mamonas não seguiu (por decisão pessoal) a carta de aproximação de Cumbica (que recomenda arremetidas à direita, pelo sul) sobrevoou, à noite, uma região à esquerda (pelo norte) da pista com morros de 3.800 pés de altura (o avião bateu a 3.300 pés), na Serra da Cantareira. O procedimento mais correto seria arremeter (sem curva) a 6.000 pés e entrar na fila para nova ordem de pouso. A 6.000 pés, ele poderia contornar à direita ou à esquerda sem riscos. Até a arremetida, Martins não reportou nenhuma falha mecânica e disse que operava em "condições visuais". Resta saber até que ponto o radar que monitora todos os aviões no ar não poderia ter alertado o piloto de equívoco, já que sabe o rumo exato de todos os aviões na área, sua velocidade e sua altitude. Segundo Vergara, o controle de radar normalmente passa o monitoramento de avião para a torre assim que o avião inicia os procedimentos de aterrisagem. A Aeronáutica determina que, quando o piloto avisa (ou se ficar evidente ao controle) não dominar a aproximação, o controlador deve descrever o procedimento. Ontem, em Ribeirão Preto (SP), foram recolhidos documentos do avião na Madri Táxi Aéreo. Texto Anterior: Prefeitos discutem "cidade saudável" Próximo Texto: Técnico investiga empresa dona de avião Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |