São Paulo, quarta-feira, 6 de março de 1996 |
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Antônio Nóbrega abre Bienal
ANA FRANCISCA PONZIO
Guy Darmet, diretor da Bienal e da Maison de la Danse de Lyon, acaba de definir a programação final, que, além de dança, terá atrações paralelas, como shows de Caetano Veloso e Beth Carvalho, exposições sobre Pierre Verger e Carmen Miranda e mostras. Neste ano, além de Lyon, localizada na região de Rhone-Alpes, uma das mais prósperas da França, a bienal se estenderá aos palcos de cidades vizinhas, como Grenoble, Chamberry e Annecy. "Vamos utilizar 16 teatros", afirma Darmet, que, para a cobertura de imprensa, vai convidar 200 jornalistas da Europa, Estados Unidos e Japão. Orçada em US$ 4 milhões, a bienal de 1996 reunirá 500 artistas brasileiros. Dois espetáculos marcarão a abertura. O primeiro será "Figural", de Antônio Nóbrega. O segundo, no Auditorium Maurice Ravel, com 2.000 lugares, tem o título do evento: "Aquarela do Brasil", que reunirá os grupos Maracatu Nação Pernambuco, de Olinda; Cazumba, de São Luís do Maranhão; e cem integrantes da escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Entre as companhias estabelecidas, foram convidados o grupo Corpo e o Balé da Cidade de São Paulo. Escolhido por causa de sua importância histórica, o balé Stagium vai apresentar "Quarup", uma das peças mais antigas de seu repertório. Solistas e grupos independentes pouco conhecidos terão na Bienal sua grande chance. De São Paulo, participam o Terceira Dança, Helena Bastos e Fernando Lee. Do Rio, há Lia Rodrigues, João Saldanha, Marcia Milhazes, Rubens Barbot, além dos grupos de Deborah Colker e Atores Bailarinos. Denise Namura e Marcia Barcellos, radicadas na França, representam os brasileiros que vêm fazendo sucesso fora do país. Texto Anterior: "Duas Garotas..." usa clichês para desmistificar lesbianismo Próximo Texto: Começa hoje o Festival Internacional de Tampere Índice |
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