São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996
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FHC orienta líderes do governo

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso orientou líderes governistas a impedir que a CPI sobre o sistema financeiro tenha investigações limitadas ao seu mandato.
Depois de várias reuniões, o governo já considerava inevitável a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) e montou uma estratégia para não perder o comando das investigações.
"Não é correto que se limite à CPI neste espaço de tempo", afirmou o líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL-ES), depois da reunião com FHC no Planalto. "Fica parecendo que a CPI é contra o governo FHC", argumentou.
Com os demais líderes de partidos aliados ao governo, Alvares combinou que as investigações deverão se estender aos governos dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor e Itamar Franco.
O pedido de abertura da CPI restringe as investigações aos bancos que sofreram intervenção do BC a partir de janeiro de 1995.
O próprio FHC ditou uma declaração sobre a CPI transmitida aos demais líderes governistas, deixando dúvida sobre a sua instalação.
"A CPI, se instalada, tem de atuar pensando no país. Espero que atue com responsabilidade e consciente da gravidade do gesto."
Mas depois de se reunir com os líderes do PMDB, PFL e PPB -que não participaram da conversa com FHC-, o líder Elcio Alvares descartou a hipótese de que o governo pudesse evitar a instalação da CPI.

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