São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996 |
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Procuradoria pede dados sobre disquete
FRANCISCO SANTOS
O pedido baseia-se na lista divulgada pela Folha no domingo passado. A Procuradoria quer verificar se existem fantasmas ou laranjas (pessoas ou empresas que emprestam os nomes para encobrir atos de outras) na lista. O procurador Rogério Nascimento explicou que foram selecionadas empresas do Rio, Minas Gerais e São Paulo, porque representam cerca de 70% do total da lista. A existência de fantasmas ou laranjas, segundo a Folha apurou, já configuraria a prática de crime pelo Nacional. A Procuradoria da República designou os procuradores Arthur Gueiros, Rogério Nascimento, Alex Miranda e Silvana Batini para acompanhar o inquérito administrativo feito pelo BC no Nacional. Ontem, os procuradores deram mais 15 dias úteis ao BC para que ele forneça as informações solicitadas no dia 27 de fevereiro pelo procurador André Barbeitas. A Procuradoria pediu ao BC todos os relatórios de seus técnicos sobre o Nacional, desde 1986, e todos os documentos relacionados com as suspeitas de fraudes. O delegado regional do BC no Rio, André Fernandes, argumentou que esses documentos só poderiam ser enviados após a conclusão do inquérito do BC, iniciado em 7 de dezembro de 95. A Procuradoria não aceitou esse argumento e Fernandes foi convidado para reunião com os procuradores, no dia 15. Segundo Rogério Nascimento, o objetivo é traçar uma estratégia de ação conjunta, da Procuradoria e do BC. Ele disse que há um histórico que de cooperação entre as duas instituições, que se pretende preservar no caso do Nacional. Os procuradores Arthur Gueiros e Alex Miranda receberam ontem do BC documentos relacionados com suspeita de irregularidades do Nacional em operações de conversão informal de dívida externa. Segundo ofício encaminhado em maio de 94 à Procuradoria pelo BC, os responsáveis pelas possíveis irregularidades seriam os funcionários do Nacional Clarimundo Sant'Anna e Paulo Afonso Pereira Mesquita. Clarimundo Sant'Anna vem sendo apontado também como o principal responsável pelas supostas fraudes agora descobertas. Ele deve depor no próximo dia 11, na Procuradoria, no inquérito da conversão de dívida. Paulo Afonso Mesquita vai depor no dia 18. Texto Anterior: CPI é resposta de Sarney ao presidente Próximo Texto: Listagem inclui até comerciante morto Índice |
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