São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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Petista propõe novo projeto

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Eduardo Jorge (PT-SP) defende a elaboração de um novo projeto de reforma da Previdência Social.
Ele afirmou que modificações na proposta original de reforma do governo ou na sua proposta podem transformar a reforma em uma espécie de superfrankenstein, alusão ao monstro criado na literatura de ficção.
"A reforma da Previdência é muito complexa e não pode ser feita com remendos", afirma.
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Folha - O que o sr. acha de o governo modificar o seu projeto?
Eduardo Jorge - Existem agora o meu projeto, que é de 1993, o do governo e muitas emendas conflitantes. Um processo desse tipo vai gerar um superfrankenstein, uma reforma que não tem coerência, vetor, nem direção.
A reforma da Previdência é muito complexa e não pode ser feita com remendos dessa forma.
Folha - Qual é a saída?
Jorge - A minha proposta é que todos os partidos de oposição e de apoio ao governo concordem com a retirada do projeto hoje em votação para possibilitar que, numa discussão mais ampla, se prepare outro projeto que começaria a tramitação novamente na Câmara.
A votação de anteontem mostrou que o Congresso achou o método e o produto de todo esse processo insuficientes, imaturos, não condizentes de serem votados.
O governo, reconhecendo e aceitando isso, o que é normal na democracia, recomeça o processo.

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