São Paulo, sábado, 9 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Delegado é "xerife" do Pontal
GEORGE ALONSO
Em 21 de dezembro de 1994, Fogolin, "para ajudar alcoólatras e crianças", assinou portaria com 22 artigos (com penas), para regular os costumes na cidade. O artigo 15 dizia que podia pegar pena de detenção por 15 dias a seis meses quem deixasse uma criança nadar ou brincar na represa do Balneário Babaquá (ou nas proximidades) sem, pelo menos, um responsável alfabetizado que saiba nadar e seja maior de 21 anos. O artigo 17 criminalizava "servir bebida alcoólica a pessoa capaz antes das 10h e após as 22h, de segunda a quinta, em lugar público". O 18 imputava pena a quem mantivesse estabelecimento que vendesse bebida alcoólica após as 23h, de segunda a quinta-feira. Consultado pela Folha, o delegado-corregedor, Roberto Maurício Genofre, considerou "ridícula" a portaria, nos termos em que foi feita pelo delegado de Sandovalina. Segundo ele, Fogolin fez "interpretações" do que já está previsto na lei de contravenções e no Estatuto da Criança e do Adolescente. "Em alguns artigos, ele transcreveu o que diz a lei e acrescentou coisas de sua cabeça, assumindo até atribuições da prefeitura." Fogolin, procurado pela Folha, não quis comentar o assunto. Texto Anterior: SP realiza 'passeata silenciosa' Próximo Texto: Presidente da Funai pede demissão Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |