São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996 |
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FHC diz que faz reformas sem acrobacia
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
"O Brasil está mudando sua estrutura econômica dentro de uma democracia. Poucos países no mundo contemporâneo fizeram a mesma coisa. Processos são processos. Não é coisa que se faça numa acrobacia." FHC falou durante 30 minutos com jornalistas brasileiros na sala principal de sua suíte no Westin St. Francis Hotel, sob a condição de que só fossem feitas perguntas sobre política externa. "De política interna a gente já fala todos os dias", disse ele. "Ninguém pode esperar que numa democracia o ritmo de reformas estruturais não vá ser mais lento, porque elas exigem negociações. No Chile, o Pinochet fez as reformas mais depressa. Mas eu não quero isso para o Brasil", afirmou. Durante sua visita ao Japão, para onde segue hoje à tarde (começo da noite no Brasil), o presidente disse que serão anunciados investimentos japoneses no Brasil da ordem de USŸ 2 bilhões. "Os investimentos diretos no Brasil estão aumentando muito, porque as pessoas começam a perceber que o que ocorreu no país não foi uma súbita explosão de bom senso, que o rumo está traçado e vai haver consistência." Após a entrevista, FHC recebeu em almoço os banqueiros Joseph e Edmond Safra, que doaram US$ 1 milhão para a Universidade de Stanford (em Palo Alto, próximo a San Francisco) criar uma cátedra exclusiva para o ensino e pesquisa de problemas brasileiros. Ontem à tarde (à noite no Brasil), estavam previstos a entrega da chave da cidade de San Francisco ao presidente e a inauguração de um conselho de cidadãos brasileiros residentes na área. À noite, Fernando Henrique jantaria com intelectuais norte-americanos amigos seus e da primeira-dama, Ruth Cardoso. Texto Anterior: Senador defende governo Próximo Texto: Presidente tenta atrair investimento Índice |
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