São Paulo, segunda-feira, 11 de março de 1996 |
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Recorrer de conta de luz leva 5 meses
DANIELA FERNANDES
Discutir no Procon (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) os valores considerados indevidos de uma fatura demora em média cinco meses, diz Regina Franco, 40, técnica do órgão. O número de reclamações feitas à Eletropaulo (Eletricidade de São Paulo S.A.) aumentou após o início do sistema de leitura trimestral, implantado em agosto de 95. Em outubro, o número de queixas chegou a 82 mil, um acréscimo de 131% em relação aos meses anteriores. A maior parte das pessoas reclamou que o consumo registrado no mês de leitura foi muito superior à média dos meses anteriores. A Eletropaulo afirma que, quando faz a leitura, deduz do consumo trimestral o que foi registrado nos dois últimos meses. É feita então uma compensação para mais ou para menos. "Não cobramos nem um quilowatt a mais", afirma o presidente da Eletropaulo, Emmanuel Nóbrega Sobral. "O mecanismo de cobrança está correto. No caso de dúvida é preciso verificar se não está ocorrendo superaquecimento dos aparelhos e tomadas, que é um sinal de fuga de energia", diz Regina. Mesmo após reclamar e ouvir a explicação das concessionárias, o consumidor pode continuar achando que o consumo marcado não está correto. Após tentar esclarecer com a Eletropaulo o valor de suas contas, o farmacêutico Vladimir Corazza Ferreira resolveu calcular o consumo de energia de todos os aparelhos de sua casa (geladeira, aquecedor, rádio relógio, lâmpadas etc.) e concluiu que é impossível gastar mais de 280 kw/h por mês. "Moro sozinho, só chego em casa à noite e não tenho máquina de lavar roupa. Com a vida que levo, não dá para justificar o que estão me cobrando." Em outubro, mês de leitura, seu consumo foi de 633 Kw/h (R$ 84,81). Nos meses seguintes a média foi de 350 Kw/h e em janeiro (nova leitura) 580 Kw/h. Ele diz ainda que a Eletropaulo verificou o relógio de luz e que não há fuga de energia em sua casa. O advogado Paulo Fernando Série, 56, afirma ter um imóvel que está fechado há meses e que a Sabesp está cobrando valores muito acima da tarifa mínima (R$ 6,18 para água e esgoto). "O número 1.002 vem se repetindo no hidrômetro desde outubro. Mesmo assim recebi contas de R$ 267 em novembro, R$ 81 em dezembro e R$ 25 em janeiro", diz o advogado. A Sabesp afirma que vai verificar se está ocorrendo vazamento no imóvel. Texto Anterior: Sobrinha de banqueiro explicará tiro acidental; Sônia Braga varre praça no centro do Rio; Baía de Sepetiba pode estar contaminada Próximo Texto: Verifique o seu consumo Índice |
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