São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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Clarimundo falta e irrita procurador
FERNANDO PAULINO NETO
Ele disse ter chegado a essa conclusão porque Clarimundo faltou a depoimento ontem na Procuradoria Geral da República. "A atitude do ex-executivo do Nacional está levando o procurador a crer que ele é culpado". Miranda disse que chegou a requerer que Clarimundo fosse "encaminhado coercitivamente" -levado por força policial- para depor, mas desistiu. Ele disse que não relevaria a tática que usará para convencer Clarimundo a depor. Miranda pode denunciá-lo por crime, por ser responsável por operações de conversão informal de dólares da dívida externa. Esse processo não se refere à acusação de fraude em empréstimos fictícios com o objetivo de maquiar os balanços do banco. Justificativa Clarimundo faltou ao depoimento por considerar -segundo seu advogado George Tavares- que a Procuradoria Geral da República não pode investigar a acusação de conversão informal dos dólares, por haver inquérito aberto da Polícia Federal. "O que eu posso fazer se a Polícia Federal não investiga. Me queixar ao bispo? Esta alegação é uma heresia jurídica", disse Miranda. Miranda quer também agilizar as investigações dos créditos fictícios do Banco Nacional. Para isso, ele pretende "desburocratizar as relações" entre a Procuradoria da República e a comissão do BC que apura as fraudes. Para isso, ele terá uma reunião na sexta-feira com o delegado regional do BC no Rio, André Roman Fernandes. Ontem, Miranda recebeu dois membros da comissão para uma conversa informal. Ele não informou os nomes dos técnicos. Texto Anterior: Correntistas fazem crítica Próximo Texto: Clarimundo falta e irrita procurador Índice |
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