São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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Postos devem dar desconto com liberação
MARCOS CÉZARI
A liberação dos preços dos combustíveis vai acirrar a concorrência entre os postos revendedores. Quem ganhará com isso serão os consumidores, que poderão ter descontos maiores e mais prazo para pagamento. Essa é a opinião de Vitor Ramalho Pedro, presidente da Associação Paulista do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais e secretário do Sincopetro (sindicato dos postos revendedores). Tanto a associação quanto o sindicato são favoráveis à liberação dos preços. Pedro lembra que hoje o setor já vive uma espécie de pré-liberação, com o DNC (Departamento Nacional de Combustíveis) fixando preços máximos. Logo, qualquer preço pode ser praticado, desde que não supere o fixado pelo DNC. Com a liberação dos preços, haverá um "saneamento no setor", como ocorre no mundo todo, diz o presidente da associação. Isso quer dizer que muitos postos vão fechar. "Só ficarão os que estiverem trabalhando com estrutura enxuta, ou seja, com custos reduzidos e grande venda de combustíveis." Concorrência desleal Pedro afirma que "hoje o setor vive uma concorrência que não é sadia". Ele se refere ao fato de algumas distribuidoras terem obtido liminares na Justiça para não recolher o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre gasolina e álcool (25%) e óleo diesel (12%). Esse é um artifício legal. Mas há também a sonegação no pagamento do imposto. Com isso, algumas distribuidoras conseguem vender o produto mais barato aos postos. O presidente da associação diz que não acredita que as distribuidoras deixem de entregar combustíveis aos postos à espera do aumento de preço que será definido pelo governo. "Deixar de entregar produto à espera de aumento é uma página virada da história." Texto Anterior: Álcool gera poluição como a gasolina Próximo Texto: Usinas exportam açúcar Índice |
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