São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996
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Acúmulo de lixo pode provocar doenças

DA REPORTAGEM LOCAL

O acúmulo de lixo nas calçadas cria condições ideais para a proliferação de animais e insetos que transmitem doenças ao seres humanos.
Um caso clássico é o do rato, que encontra dentro dos sacos de lixo alimentação farta. De acordo com a Vigilância Sanitária do município, o principal problema causado pelos ratos é a transmissão de leptospirose.
O bactéria leptospira, presente na urina do rato, contamina as pessoas por meio do contato com a pele. Com as chuvas, a possibilidade de contaminação aumenta.
Outra doença -esta atualmente mais remota- que a proliferação de ratos gera é a peste bubônica.
Assim como a falta de coleta de lixo ajuda a aumentar o número de ratos, o mesmo acontece com as baratas. O motivo é o mesmo: restos de comida em abundância.
A Vigilância Sanitária informa que a barata acaba transmitindo às pessoas bactérias intestinais, cujos efeitos mais evidentes são diarréias, vômitos e febre.
Moscas e mosquitos também saem ganhando com o acúmulo de lixo. Entre outras, a elefantíase é uma doença transmitida por esses insetos.
Embora pouco provável de ocorrer em São Paulo, a febre amarela está no rol das doenças que podem ressurgir com o aumento de mosquitos em razão do acúmulo do lixo nas ruas.
A ocorrência da dengue, segundo a Vigilância Sanitária, já não é tão improvável assim.
Na periferia da cidade, o problema são os suínos que comem lixo e podem transmitir toxoplasmose (doença que atinge o sistema respiratório) ao ser humano. As pessoas se contaminam ao respirar. As fezes secas dos animais permitem que o protozoário flutue no ar.
A toxoplasmose também pode ser transmitida por pombos.

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