São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996
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Ruas ficam alagadas com bueiros entupidos

DA REPORTAGEM LOCAL

A greve dos lixeiros já começa a deixar marcas pela cidade. Ontem à tarde, uma chuva fraca que durou menos de meia hora foi suficiente para deixar diversas ruas com bueiros entupidos e com água empoçada.
Em praticamente toda a extensão da avenida Rio Branco (na região central) havia bueiros entupidos e um palmo de água acumulada.
Na região do parque Dom Pedro e nas proximidades do Mercado Municipal a chuva espalhou pela rua o lixo acumulado nos últimos dois dias.
No Ceagesp (zona oeste), que produz diariamente cerca de 120 toneladas de lixo, a situação começou a piorar ontem à tarde, com o atraso no recolhimento do lixo.
Segundo o presidente da empresa, Massahaki Shimada, 56, os caminhões que fazem a coleta no Ceagesp não conseguem passar pelos piquetes montados no caminho.
No edifício Copan, no centro, que tem 1.138 apartamentos e produz uma tonelada de lixo por dia, a coleta estava normal até ontem, mas o zelador Nelson Galdino, 46, não descarta a hipótese de contratar um caminhão particular para retirar o lixo caso a greve se estenda.
"Não temos lugar para guardar o lixo acumulado por mais de dois dias no prédio", afirmou o zelador.
A prefeitura da Cidade Universitária (zona oeste) também está tendo problemas com a paralisação da coleta de lixo.
Segundo Valmir do Val, 50, diretor de divisão da prefeitura, o lixo acumulado no campus está atraindo ratos e insetos, além de provocar mau cheiro.
"Estamos pedindo para que a empresa responsável pela coleta na USP retire pelo menos o lixo dos restaurantes e lanchonetes", disse.

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