São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996 |
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No-break mantém o micro no ar
MARCELO RUBENS PAIVA
Quando as nuvens de uma chuva de verão começam a se formar, e os primeiros raios desabam sobre a cidade, o procedimento comum de um usuário é salvar as informações do computador e desligar os aparelhos eletrônicos. Equipamentos danificados Os mais precavidos chegam a tirá-los das tomadas. Os que se arriscam certamente já tiveram seus equipamentos danificados ou perderam horas de trabalho em uma das muitas quedas de energia que ocorrem durante as chuvas. O no-break pode evitar esses desastres. É um gerador de energia: assume o fornecimento para o computador quando a rede elétrica falha. É especialmente usado por consumidores críticos de energia elétrica, como bancos, supermercados e hospitais. Por causa da queda dos preços, hoje é acessível para usuários domésticos e pequenos escritórios. "Enquanto o estabilizador tem venda o ano todo, é nos verões que as vendas dos no-breaks aumentam. No meu bairro, Pompéia, tem sempre um pico de luz à tarde", disse Bevilacqua, da CDI On Line. Como em quase tudo do ramo, o no-break nasceu nos porões da Guerra Fria, quando a Marinha Americana financiou pesquisas para se encontrar uma solução para a eventual queda de energia em uma devastadora guerra nuclear. Mas, se no passado os no-breaks ficavam isolados numa sala -cercados por fios, gases tóxicos e baterias de carros-, hoje são compactos e microprocessados. Por meio de uma interface, o equipamento avisa o computador quando vai haver um shut down (desligamento). Podem ser encontrados na maioria das lojas de informática, em uma faixa de R$ 200 a R$ 700. Há nacionais e importados, e cada sistema requer um equipamento. Enquanto o estabilizador de voltagem corrige a tensão elétrica, o no-break produz corrente; alguns no-breaks também fazem o papel de estabilizador e filtro. Basicamente, é composto por um retificador, que transforma tensão alternada em corrente contínua, uma bateria e um inversor estático -que alimenta a rede ou o micro. Os no-breaks podem ser on line (a rede só é alimentada pelas baterias) ou off line (alimentação pela rede elétrica, passando para baterias em caso de queda) -também conhecido como "stand by". Dimensionamento Segundo Edson Helene, técnico em eletrônica da SND Eletrônica, "não importa muito o número de baterias, pois o tempo de autonomia depende do dimensionamento delas". Os no-breaks modernos têm autonomia de 10 a 20 minutos. Os on line têm mais de 600 VA (volt-ampère). Para uma rede, aconselha-se um no-break on line. Para um micro caseiro sem servidor de rede, basta um no-break off line de 250 VA a 400 VA. "Tem que se tomar cuidado com a aquisição de um no-break. Só um consultor especializado pode indicar o equipamento ideal dentro das diversas opções e complexidades das redes. O importante é a confiabilidade, com baixa possibilidade de falha", disse Helene. Segundo Paulo Andrada, da Easa Informática, o modelo de 250 VA é indicado para alimentar um micro 386. Para um 486, o indicado é um no-break de 400 VA de potência. Se o 486 estiver conectado a uma impressora, é melhor investir em um no-break de 650 VA. Texto Anterior: Mais bancos chegam à Internet Próximo Texto: Eletropaulo paga danos Índice |
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