São Paulo, sábado, 16 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PPB define instalação

RAQUEL ULHÔA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A instalação ou não da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o sistema financeiro depende apenas de uma decisão política do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
"O problema agora é político e não administrativo ou regimental", afirmou o próprio Sarney anteontem.
O senador Roberto Freire (PPS-PE) resume a impressão que a oposição tem atualmente do episódio: "Sarney não instala a CPI dos Bancos porque não tem vontade de instalar".
Segundo o raciocínio de Freire, a CPI já está constituída desde que obteve 29 assinaturas (duas a mais que o mínimo exigido para a criação). E, para funcionar, não precisa que todos os líderes indiquem seus representantes.
A opinião de Sarney é que a CPI dos Bancos poderia funcionar com menos de 7 dos 13 integrantes (maioria simples), mas não teria poderes para deliberar ou fazer convocações.
PPB
Para ter plenos poderes, ela precisaria ter pelo menos sete integrantes, o que transforma o PPB de Paulo Maluf no fiel da balança.
Sarney confidenciou a amigos que não acredita que Paulo Maluf, presidente de honra do partido e prefeito de São Paulo, vá concordar com a indicação de representantes do PPB.
O PFL, o PSDB e o PTB, que têm direito a três, dois e um representantes na CPI, respectivamente, decidiram não fazer as indicações, para evitar sua criação.
O PMDB deve indicar os quatro representantes na segunda-feira. PDT e PT, cada um com direito a uma vaga, já fizeram as indicações. Ficaria faltando o PPB.

Texto Anterior: Maluf apóia CPI e recusa jantar com FHC
Próximo Texto: 'Bom senso' convencerá Congresso, diz presidente
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.