São Paulo, sábado, 16 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
O porte do Brasil
NELSON DE SÁ
Foi assim no Japão. O curioso é não haver nem registro de assuntos internos e surgirem outros, inesperados. A NBC tomou cuidado especial com um deles. Primeiro, notou que o Brasil deu apoio à cadeira do Japão no Conselho de Segurança, mas que o Japão deu apoio à cadeira da América Latina, sem citar o país. E o assunto de atenção especial foi a resposta quanto à assinatura do tratado de não-proliferação de armas nucleares. Fernando Henrique disse que não assina porque o Brasil seria impedido de desenvolver tecnologia nuclear de fins pacíficos. A resposta é conhecida. A novidade é que vem, em tais circunstâncias, no Japão, em cobertura internacional, com uma nova moldura política. O Brasil, gosta de dizer FHC, agora tem uma ação política, é um ator no teatro do mundo. Dizia ele, ontem: - A presença do presidente no exterior fortalece o país. (...) Com o tempo todos vão perceber que um país que já tem o porte do Brasil não pode ficar fechado no seu esplêndido isolamento. Ele quer um país forte, atuante. Daí as viagens; daí as tropas em Angola; daí, talvez, a retomada das obras de Angra 2, ainda ontem. A usina, diz a Rede Brasil, vai consumir R$ 1 bilhão entre sete empreiteiras. A energia que gerar "é fundamental para dar confiabilidade, garantir o suprimento do Sul e Sudeste", diz o ministro. Fins pacíficos. História Quinze anos depois, uma reportagem derruba a versão oficial do atentado no Riocentro. No Globo Repórter. - Inquérito foi farsa. Claro que foi, já foi notícia. A novidade é que a Globo deu a notícia, 15 anos depois. Texto Anterior: Educação recebe menos que área militar Próximo Texto: Paulo de Tarso ataca funcionário do Bird Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |